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20.04.2020

A chegada do Inverno

por Marta Rocha para o @Covidalizando

No Brasil, recentemente na última quinta- feira aconteceu uma troca de ministros na saúde. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta defendia os pilares adotados pela OMS como medidas preventivas para conter a pandemia do COVID 19 que são: o isolamento social e a organização dos sistemas de saúde para receber os infectados. Tais medidas adotadas pelos chefes de Estado dos paises acometidos pela pandemia ainda que onere os cofres públicos e enfraqueça a economia dos países são as únicas medidas preventivas conhecidas e recomendadas por especialistas.


Já o atual ministro da saúde Nelson Teich, ainda que timidamente parece defender a flexibilização do isolamento social, assim como é a vontade do presidente Bolsonaro. O atual ministro apesar de ser uma figura respeitada por sua competência por parte da classe médica, apresenta uma visão totalmente tecnocrata e demonstra inexperiencia e pouca intimidade com o sistema público de saúde. Pode ser que a medida adotada pelo novo ministro faça com que o "tiro saia pela culatra", pois com a chegada do inverno no Brasil, a situação pode ser agravada principalmente nas regiões mais frias do país como a região Sul e o estado de São Paulo, sendo a última o maior pilar econômico do país.


Alguns estudos, ainda que em fases preliminares apontam para a "preferência" do virus por lugares frios. EUA, China e Alemanha têm desenvolvido pesquisas sobre a influência do clima e a relação com a proliferação do vírus. Um estudo já publicado no periódico Social Science Research Network, realizado por Massachusetts Institute of Technology é a única pesquisa publicada até agora que trata deste tema.


Algumas outras caracteristicas já comprovadas podem contribuir com essa teoria; as regiões mais frias são mais propicias a proliferação de qualquer vírus, pois as pessoas ficam em ambientes mais fechados e com pouca ventilação. Outro fator são as doenças respiratórias que se agravam com a chegada do inverno.


Os sistenas de saúde em seus níveis terciários ( hospitais e leitos) e níveis primários ( atenção básica e medidas preventivas) ainda não estão organizados para receber um grande número de infectados, podendo gerar uma sobrecarga nos serviços de saúde, maior número de mortes e uma queda ainda mais acentuada na economia.